2006-03-21

A Lei de Gerson explicada - crítica

Recebi uma crítica interessante à Lei da Soma Decrescente, outro nome que inventei para a lei de Gérson. Acontece que a crítica é válida. As pessoas procuram seu benefício próprio e estão pouco se lixando para o que outros perdem no processo. Isso significa que a Lei da Soma Decrescente, LSD, deveria ser universalmente válida.

De certa forma ela é. Mas as exceções à LSD são o que realmente deveria controlar o sistema econômico. Vejam só:

O funcionário faz greve. O patrão não gosta. Entretanto, se o patrão não conseguir demitir o sujeito, ele perde. Se o patrão tiver o poder de demitir, o funcionário nem começa a greve. Convém ao dono ameaçar o funcionário de expulsão.

O analfabeto tenta reduzir o nível à sua volta. Se em vez de imitá-lo, os esclarecidos o ridicularizam, o analfabeto tem um incentivo a aprender. Convém ao alfabetizado, portanto, malhar o ignorante.

Um amigo me explicou como a malandragem evolui naturalmente para a malandragem de colarinho branco (obrigado por essa, Mr. Z). É simples: o malandro faz a primeira malandragem. Lucra com isso. Acha fácil. Aí tenta uma maior... e tem sucesso novamente! Assim vai progredindo até que ele entra no circuito oficial das megamalandragens. Claro que o cara se transforma em um expoente da LSD, extorquindo em grande estilo, direta ou indiretamente, todo mundo ao seu redor. Se o pessoal acha malandragem uma coisa linda, uma riqueza da cultura brasileira, é natural que o cara evolua nessa direção. A culpa é de quem viu e achou bonitinho.

Se todo mundo fica calado... bom, dá no que dá, não é mesmo?

Segue...

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