2009-10-10

A verdade desinteressante

Século 19. Batalhões de cientistas procuram por explicações para os fenômenos naturais. Eles sabiam que o estudo e as experiências levam a uma melhor compreensão do universo com potenciais ganhos fantásticos, inimagináveis.

Século 21. Os cientistas do século 19 provaram que estavam certos e usufruimos hoje de tudo o que eles desenvolveram. Resultaram do suor desses heróis:

  • telefone celular, 
  • redes de comunicação
  • os computadores
  • a televisão
  • cinema
  • ar condicionado
  • refrigerador
  • o carro
  • as máquinas agrícolas
  • todas as máquinas domésticas 
  • a melhora no rendimento da agricultura
  • a eliminação da fome
  • as vacinas
  • erradicação de doenças
  • o aumento da longevidade
  • os antibióticos
  • os inseticidas
  • o aumento geral na qualidade de vida.

Usufruimos alegremente de tudo isto sem jamais entender como essas coisas funcionam. Apertamos um botão e, pronto! Conseguimos o que queremos. Entretanto há algo negro pairando no ar.

Na nossa época, a verdade não tem o valor que tinha no século 19, o século das grandes descobertas. A verdade é desinteressante. Por que que um usuário de um celular com câmera digital ia querer entender como funciona a física dos microcircuitos que ele tem na palma da mão? Exato. Desinteressante, complicado e cansativo. O importante é que se comprem mais câmeras, que a economia gire, certo?

Assim, ao mesmo tempo repetem-se certas ladainhas inacreditáveis, como a do "aquecimento global". Sim! Os mares subirão. Sim! O mundo ficou mais quente. Mas quanto subirão os mares? O público é incapaz de compreender as grandezas envolvidas. Simplesmente não sabe o que é um milímetro, portanto não entende o significado de 20 milímetros por década. Também não sabe o que é um grau centígrado, portanto não entende o que é um aquecimento de 0,2°C em 30 anos. É complicado, desinteressante e cansativo. O importante é que a economia aumente, certo?

Aparentemente é exatamente a economia o que orienta os ambientalistas radicais. Os "créditos de carbono" são simplesmente uma maneira de encarecer o que é barato - energia - e redirecionar este dinheiro para comerciantes que o que fazem é simplesmente trocar nada por coisa nenhuma. Todos pagarão mais, a economia ficará maior, mais complexa. Os governos poderão, usando o pretexto de o fim do mundo estar próximo, se apropriar de uma fatia maior do bolo para alimentar seus incompetentíssimos burocratas. É a auto-perpetuação da mentira. A verdade? A verdade que se estrumbique. No fim quem é que está interessado?

Um dia, em um futuro talvez não tão distante, alguém se lembrará de perguntar como é que todas essas maravilhas funcionavam. Terá como única resposta um profundo e tenebroso silêncio.



2 comentários:

Eduardo Bernasconi disse...

A verdade que se estrumbique!
Chacrinha usava essa palavra. Jogava bacalhau à platéia e se enriquecia com a ignorância global.

Zappi disse...

E o que seria melhor do que o Chacrinha para ilustrar este estado de contínua estupidez? Um graaande comunicador. Pena que não comunicava nada, nem ele nem a sua medonha buzina.

A maior vergonha não é o Chacrinha em si, mas a quantidade enorme de pessoas que o defendem como um 'ícone' nacional. Agora tem o Lula para defender.

E assim o Brasil vai afundando.